Tem início neste domingo, 1º de janeiro de 2023, o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República do Brasil - um feito inédito na história do país. Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), tomaram posse nesta tarde, no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília.

Hugo Barreto/Metrópoles

Antes do começo do discurso, Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, prestou homenagem ao Rei Pelé e ao Papa emérito Bento XVI, com um minuto de silêncio no Plenário. Ambos morreram há poucos dias.

Lula chegou ao Palácio após desfilar no Rolls-Royce, em carro aberto, no trajeto entre a Catedral Metropolitana de Brasília e o Congresso Nacional, acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja; do vice-presidente, Geraldo Alckmin); e da vice-primeira-dama, Lu Alckmin. Em feito inédito, esta foi a primeira vez que o vice-presidente desfilou no carro principal.

O petista foi recebido pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

O termo de posse foi assinado pelo presidente com uma caneta com valor sentimental, e não a disponibilizada pelo Congresso - um protocolo da cerimônia. Na ocasião, Lula utilizou uma caneta que recebeu em 1989 das mãos de uma apoiador para 'assinar a posse' naquele ano, porém não utilizou o objeto nas posses de 2002 e 2006.

“Eu não ganhei as eleições de 1989, não ganhei em 1994, não ganhei em 1998. Em 2002, eu ganhei as eleições, quando cheguei aqui, tinha esquecido a minha caneta e usei a do senador Ramez Tebet. Em 2006, assinei com a caneta aqui do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington, é uma homenagem ao povo do Piauí". explicou o presidente. 

Logo no começo do discurso, o presidente empossado destacou a importância da democracia, que considera a “grande vitoriosa” das eleições. “Se estamos aqui hoje é graças a consciência política da sociedade brasileira e a frente democrática que formamos ao longo desta histórica campanha eleitoral”, disse.

Ele também ressaltou o papel das urnas eletrônicas no resultado. “Apesar de tudo a decisão das urnas prevaleceu, graças a um sistema eleitoral internacionalmente conhecido por sua eficácia na captação e apuração de votos” afirmou.

O presidente Lula não poupou críticas ao governo de Jair Bolsonaro e disse que pretende colocar em prática políticas econômicas que favoreçam principalmente aqueles que mais necessitam.

“Vamos retomar a política de valorização permanente do salário mínimo e estejam certo que vamos acabar mais uma vez com a vergonha fila do INSS, outra injustiça reestabelecida nesses tempos de destruição”, pontuou.

Matéria em atualização.