Por Eliene Andrade

Os casos de vítimas de acidente com motos já tem um número significativo no início deste ano. O mês de janeiro não chegou ao fim e mais 400 pessoas deram entrada no Hospital de Urgência de Sergipe governador João Alves Filho (HUSE), vítimas de acidentes de trânsito com moto. Destes, 69 ainda estão internados e 2 óbitos foram registrados na capital. Em 2011, 6.395 pessoas foram vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, 25 morreram.  As informações são da assessoria de comunicação do hospital.

Quem já sofreu ou teve um parente ou um amigo vítima de acidente com moto sabe as consequências da tragédia.  Em outubro do ano passado, o motoboy, José Moura (57), por pouco não morreu. Ele dirigia por uma estrada no município de Nossa Senhora da Glória, quando colidiu com um animal e derrapou na pista. Ele teve que passar por várias cirurgias no pé, permanecendo por vários dias no hospital. “Meu pai viu a morte de perto. A gente não imagina que isso possa acontecer com a gente, nunca”, contou a filha, Fernanda Moura.

Já o marceneiro, Antonio de Souza Filho (49), contou que, após um acidente que quase lhe tira a vida, conduz sua motocicleta com mais prudência. Segundo ele, após colidir sua moto ao ultrapassar o sinal vermelho, ficou com parte das costas e do braço em carne viva. Ele agora entende que as normas de trânsito devem ser respeitadas.  “Agora ó piloto a moto utilizando com os equipamentos de segurança e respeitando as sinalizações”.

A instrutora de uma das maiores auto-escola de Trânsito da capital, Mira Lima (48), acredita que a situação tem piorado com a facilidade de se comprar as motos, mas, para ela, o maior problema está também na falta de prudência dos condutores. Ela explica ainda, que a falta de educação por parte dos condutores e o desrespeito às leis de trânsito tem sido uma das principais causas de acidentes com vítimas fatais.

“A formação dos condutores são realizadas sob as regras atuais do trânsito. Nós passamos as instruções com qualidade. Todos têm conhecimentos das regras, mas, a maioria não respeita, morrem ou matam inocentes. É preciso que os condutores se conscientizem”, orienta.