Por Elisângela Valença

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) fez um ato, na manhã desta sexta-feira (7), na porta das duas agências do HSBC em Aracaju. O objetivo é evitar que os 32 funcionários em Sergipe sejam demitidos após a venda do banco para o Bradesco.

Na última segunda (3), saiu o anúncio oficial da venda, uma transação de US$ 5,2 bilhões, o equivalente R$ 17,6 bilhões. Com isso, o Bradesco assume todas as operações do banco, como varejo, seguros, administração de ativos, agências e clientes.

O HSBC decidiu encerrar as atividades no Brasil e na Turquia até dezembro de 2016, como parte do plano de economia até 2017. Segundo nota enviada pelo banco, “a transação também contribuirá fortemente para a ação mencionada na Atualização do Investidor do HSBC, de reduzir os RWAs do grupo, respondendo por US$ 37 bilhões do total de US$ 290 bilhões da redução planejada, o que permitirá o futuro reinvestimento de RWAs para apoiar oportunidades de crescimento. O HSBC planeja manter presença no Brasil para servir grandes clientes corporativos em suas necessidades internacionais”.

Mas, segundo Ivânia Pereira, presidente do SEEB/SE, o motivo é outro. “Um banco vive de credibilidade e o HSBC decidiu sair do Brasil depois dos últimos escândalos financeiros, denunciando que grandes empresários e políticos usavam as contas no banco para lavar dinheiro”, afirmou.

Ela disse que, esta semana, aconteceu reunião entre sindicatos e gestores do Bradesco, em São Paulo, onde houve o compromisso de não haver demissões. “Mas, infelizmente, o histórico de fusões e compras de bancos não nos traz bons antecedentes. Apesar de assumirem compromisso de não demitirem, o que vimos foram inúmeras demissões”, disse Ivânia.

Negociação salarial

Logo mais à noite, no auditório do SEEB/SE, haverá assembleia geral da categoria, quando os bancários fecharão a minuta de negociação salarial, que será entregue aos banqueiros na terça (11).

Juventude

Amanhã (8), acontece o 1º Encontro da Juventude Bancária. Segundo Ivânia, todo mês de maio, é feita uma pesquisa de levantamento social da categoria. “Procuramos conhecer a nossa categoria, se tem casa própria, se tem filhos etc. e acabamos identificando uma renovação. Hoje, 30% de nossa categoria tem menos de 35 anos de idade. Por isso, decidimos fazer este encontro”, comentou.