Por Fernanda Araujo

As negociações sobre a Lei Orgânica da Polícia Civil de Sergipe continuam estagnadas. O pedido de aprovação da lei já gerou vários protestos nas ruas da capital, além de bandeiraços e outras manifestações em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Tudo organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol). Até agora, contudo, nada foi resolvido.

Segundo o presidente do Sinpol, Antônio Moraes, permanece a falta de diálogo com o governo Marcelo Déda (PT), já que não houve reunião para discutir o assunto. “Ainda não temos novidades. Pedimos audiência, mas ainda não fomos ouvidos. O problema é que o governo precisa avaliar as propostas do sindicato e da Secretaria de Segurança Pública”, argumenta.

Moraes explica que o objetivo é organizar o funcionamento e mehorar a qualidade do serviço dos policiais civis. “É uma lei que vai disciplinar a organização e o funcionamento da nossa instituição. É uma lei que vai dizer como a polícia deve agir e como os servidores devem se comportar. Ou seja, precisamos discutir qualidade de serviço. Nós não estamos aqui discutindo salários, mas queremos um salário no futuro assentados em um serviço de qualidade e elogiado pela população”.

De acordo com o assessor de comunicação da SSP, Lucas Rosário, a proposta é importante para a categoria. “Define pontos importantes na modernização na Legislação, no âmbito da Polícia Civil e Militar. E o próprio governador Marcelo Déda em conversa com o secretário disse que já existe o indicativo de que a Lei seja enviada como uma LOB da Polícia Militar dentro do planejamento Legislativo do governo para o ano de 2012”, resume.

A categoria assegura que não haverá greve, pois o plano agora é de negociação. “Nesse momento não vamos entrar em greve, a gente quer discutir com o governo uma nova polícia que hoje está insuficiente”, declara o líder sindical. Uma nova manifestação está marcada para o próximo dia 14 na praça da Bandeira, às 6h.