As relações familiares em Sergipe estão mudando. Dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao Censo Demográfico 2022: Nupcialidade e Família, mostram que as uniões consensuais, aquelas em que o casal vive junto sem casamento formal passaram a representar 52,5% das uniões conjugais no estado. Em 2010, esse percentual era de 49,39%, confirmando uma tendência de crescimento da informalidade nas relações.

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O levantamento também mostra que os casamentos religiosos e civis simultâneos diminuíram em doze anos: de 29,79% em 2010 para 26,11% em 2022. Já os casamentos apenas civis cresceram levemente, de 16,6% para 18,84%. As uniões baseadas apenas em cerimônias religiosas tiveram queda expressiva, passando de 4,21% para 2,55%.

No total, 48,77% das pessoas com 10 anos ou mais vivem em algum tipo de união conjugal em Sergipe, um pequeno aumento em relação a 2010, quando o índice era de 47,66%. Já a parcela que não vive em união representa 51,23%, sendo que 20,16% já viveram em união e 31,07% nunca viveram.

Outro dado que chama atenção é a presença de casais do mesmo sexo: o Censo 2022 registrou 3.532 pessoas vivendo com cônjuge ou companheiro do mesmo sexo em Sergipe, número bem superior ao observado em 2010, quando eram 500. Já os casais de sexos diferentes somam 434.398 pessoas.

Em relação à composição das famílias, o levantamento aponta que o casal com filhos ainda é o modelo predominante, correspondendo a 42,02% dos lares. Em seguida aparecem os casais sem filhos (20,79%) e as mulheres sem cônjuge com filhos (17,28%), mostrando o peso das famílias chefiadas por mulheres no estado.

Outros arranjos também aparecem no levantamento, como casais com filhos e outros parentes (3,18%), mulheres sem cônjuge com filhos e parentes (4,33%), homens sem cônjuge com filhos (1,9%) e homens sem cônjuge com filhos e parentes (0,52%). As demais configurações, classificadas como “outros tipos de família”, somam 7,32%.