Por Sílvio Oliveira

Dor e comoção marcaram o velório e o sepultamento do jovem Glauber Rafael Santos Lima, 25, ocorrido na tarde desta terça-feira (14), no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju. O estudante, que era filho do delegado e ex-superintendente da Polícia Civil de Sergipe, Paulo Ferreira, foi assassinado, na última quinta-feira (9), com quatro tiros em uma favela do bairro Santos Dumont, em Maceió (AL).

Delegados, amigos e familiares estiveram no sepultamento. Entre eles, o secretário-adjunto de Segurança Pública, João Batista, que levou solidariedade à família do jovem. “Paulo Ferreira é um colega e amigo de todos. É um homem sério, honesto, bom pai, que neste momento necessita da ajuda dos amigos”, emocionou-se.

Quanto às investigações, João Batista informou que a cúpula da SSP/SE ficou sabendo do ocorrido somente

na manhã de hoje (terça-feira, 14) e, tão logo foi informada, entrou em contato com delegados e chefes da PM  de Alagoas. “Solicitamos que todas as providências sejam tomadas e vamos acompanhar de perto todas as investigações para que traga um conforto à família”, destacou.

Corroborando à ideia do secretário, a superintendente da Polícia Civil/SE, Katarina Feitosa, mostrou-se bastante abalada e disse ser triste imaginar um pai perder um filho. Por conta dessa questão, Feitosa afirmou levar a solidariedade aos familiares  e confirmou que também acompanhará o caso. Segundo ela, as coisas começam a ganhar forma já que tudo é muito recente. “Iremos verificar qual a linha de investigação, que Alagoas irá encaminhar”, afirmou.

Também presente ao sepultamento, o promotor de Justiça, Djaniro Jonas destacou o profissionalismo do delegado Paulo Ferreira e a solidariedade à família. “Venho trazer a solidariedade neste momento triste de um amigo”, ressaltou.

Primeiras informações

O homicídio acontece no dia 09 de fevereiro, à noite, quando as primeiras investigações dão conta de que Glauber Rafael Santos Lima estava bebendo com outro homem em uma favela de Maceió. Uma equipe de polícia denominada Sollo 19, sob o comando do sargento Sadir, isolou a área até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística.

Os familiares do jovem só ficaram sabendo do homicídio na manhã desta terça-feira, quando o pai da vítima já o procurava desde a semana passada em outros Estados, por conta do sumiço do filho. Pela imprensa alagoana, o caso está sendo colocado como um mistério e há uma linha investigativa apontado para execução por envolvimento a condutas ilegais e outra como tentativa de reação a um assalto.

O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Alagoas, que investigar os fatos com o acompanhamento da Polícia Civil/ SE.