Por Mirella Mattos

Em celebração aos 50 anos de existência do Centro de Valorização da Vida, no Brasil, comemorado na quinta-feira, dia 01, a entidade realizou, por meio de suas sedes estaduais,  atividades simultâneas em todo país. Dentre elas, a queima de fogos, panfletagem e distribuição de 50 mudas de plantas.

Conforme a presidente da CVV em Sergipe, Sílvia Aquino Neves, a “semente” criadora da entidade foi assentada em 1962 por um grupo de voluntários do estado de São Paulo que, de porta em porta, em periferias, buscaram reproduzir o trabalho desenvolvido por outras entidades a exemplo do Samaritano, da Inglaterra, e o Telefone Amigo, da Itália.

Apenas em Sergipe, onde atua há cinco anos, o CVV já atendeu a mais de 52 mil ligações telefônicas, através do número 0800 284 44 56, provenientes de todas as partes do estado.  Questionada acerca do perfil dos usuários do serviço, Sílvia ressalta a impossibilidade de ser traçado, uma vez que a depressão tem acometido pessoas independentemente de idade, sexo, escolaridade e classe social.

“As pessoas não sabem administrar as perdas. Seja essa a perda de um ente querido, de emprego, de status social e por isso acabam deprimidas. Para ilustrar já recebemos ligações até de crianças que demonstraram estar deprimidas por causa da falta de atenção de seus pais”, diz Sílvia e assegura que a identidade dos usuários é preservada.

Embora o serviço não evite por completo a ocorrência de suicídios, de acordo com Sílvia, tem sido importante aliado na prevenção de novos casos. “Esse serviço faz com que a pessoa faça reflexões sobre a sua vida. Isso porque essa pessoa não quer morrer, mas acaba vendo o suicídio como única saída. Tudo que ela quer é parar de sentir dor e é aí que entra a CVV em seu auxílio”, destaca.

Voluntariado - A presidente do CVV informa ainda que um curso de formação de voluntários será ministrado no sábado, dia 17 de março,  no auditório do Sesc.  O único pré-requisito solicitado é que o candidato possua mais de 18 anos.