Por Silvio Oliveira

A sociedade aracajuana estimula cada vez mais a venda de CD e DVD piratas. Os CD’s e similares são encontrados em qualquer parte da cidade - sobretudo no centro de Aracaju, após as 18h. Ilegalidade à parte, a indústria fonográfica reclama, os cantores perdem cifras e a população adquire produto, por vezes, de má qualidade. O fato é que a fiscalização por parte dos órgãos competentes não tem surtido efeito em Sergipe.

Nas portas de agências de bancos e supermercado da av. Francisco Porto, o comércio tem se tornado uma rotina e já virou ponto fixo. No centro da cidade, as vendas são realizadas e os ambulantes conseguem gerar uma renda de até R$ 50 por dia. “Quando o dia é bom, consigo vender mais 100 por dia”, disse o vendedor de CD pirata Klevelan Rodrigues. Ele não quis dizer de onde vem a mercadoria, nem detalhar o processo.

O professor Mário dos Anjos não titubeou em dizer que compra CD’s pirata devido ao preço. “Fui procurar um CD de Maria Gadú e Caetano e na loja estava por R$ 35. Na praia estava com minha família e comprei por R$ 5. A finalidade é a mesma: ouvir música”, afirma, dizendo que não se incomoda com a baixa qualidade do CD pirata.

Para a delegada de Falsificação e Defraudações, Maria Pureza, a sociedade cada vez mais legitima e legaliza esse tipo de comércio, ficando cada vez mais difícil combatê-lo. Ela acrescenta que há investigações por parte das polícias Civil e Militar, no sentido de combater os grandes distribuidores.

Só este ano já foram apreendidas mais de 40 mil unidades. A última grande apreensão acontece dia 17 de junho, no Centro de Aracaju, quando foram apreendidos de uma só vez 25 mil CD’s e DVD’s falsificados. As mídias foram apreendidas em dois pontos do centro da capital: a primeira em uma casa da rua Sebastião Costa, atrás do Clube do Vasco, onde foi preso Alessandro Bispo dos Santos.  Outra parte dos CD’s pirateados foram apreendidos dentro de uma Topic, que estava estacionada na rua Divina Pastora, ao lado de uma loja de departamentos.