Por Sílvio Oliveira

A companhia paulista de teatro Balagan estará em Aracaju nos dias 22 e 23 de janeiro para mediar a oficina “Formação do Olhar”. A atividade será realizada das 10h às 13h, no espaço cultural Imbuaça, situado a rua Muribeca, nº 04, bairro Santo Antônio, em Aracaju (SE). Quem desejar participar terá que se inscrever, gratuitamente, através do e-mail contato@ciateatrobalagan.com.br.

Orientada pela diretora diretora da Cia de Teatro Balagan, Maria Thais, a oficina chamada também de pelo grupo de “ação pedagógica” pretende dar vazão às possibilidades múltiplas de leitura da obra e reencontro do sentido multidisciplinar que caracteriza a construção e a recepção de um espetáculo teatral. 

“Formação do Olhar” também tem o objetivo de aproximar os participantes do universo temático do espetáculo“Prometheus - A tragédia do fogo”. Assim sendo, permitir o desvendamento de algumas camadas da linguagem teatral adotada pela peça de teatro, considerando sua forma narrativa e suas matérias expressivas – o espaço, a música, a iluminação, a dramaturgia, a atuação etc.

“Prometheus - A tragédia do fogo”

A peça teatral será encenada em Aracaju nos dias 22 e 23 de janeiro às 20h, no espaço cultural Imbuaça. A entrada é gratuita e a lotação é limitada, com capacidade para 60 espectadores.

A peça Prometheus resulta de uma longa e profunda pesquisa artística de vários profissionais iniciada em janeiro de 2008, que culminou na criação de um espetáculo com o nome provisório de PrometheusNostos - Um espetáculo-protótipo.

Companhia de teatro

Balagan é uma palavra presente em diversos idiomas como o russo, o turco, o árabe e o hebraico. Pode significar teatro de feira, baderna, bagunça ou confusão.

Desde seu surgimento, em 1999, a Cia. Teatro Balagan reúne artistas em torno de uma prática teatral fundada na experimentação.

Os processos criativos têm um caráter pedagógico, pois permitem a formação continuada dos artistas envolvidos e, em uma segunda instância, por meio do espetáculo, a formação dos espectadores. “É no espetáculo que se organiza e para onde convergem as vozes criadoras – da cenografia à atuação, da dramaturgia à iluminação, da produção à direção e ao público – que, juntas, geram a polifonia da cena”, diz Maria Tais.

Em 1999, o grupo estreou o primeiro espetáculo, Sacromaquia (1999/2000). Desde então, foram criadas outras quarto obras: A Besta na Lua (2002/2004), Tauromaquia (2004/2006), Západ – a tragédia do poder (2006/2007) e Prometheus – a tragédia do fogo e Recusa (2012). 

Em 2007 e 2008, realizou o projeto “Do Inumano ao mais-Humano”, que integrava duas ações de formação: uma voltada para os artistas da Cia. e outra, o “Formação do Olhar para o Teatro”, voltada para os espectadores.

Atualmente, a Cia. mantêm em repertório dois espetáculos: Prometheus – a tragédia do fogo e Recusa  que, como outras ações desenvolvidas na Casa Balagan, integram o projeto Recusa e Prometeu: uma simetria invertida, contemplado na XIX edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.