O mês de julho caminha para o final e a Vila do Forró, na Orla da Atalaia, segue sendo espaço para apresentações artísticas e culturais, distribuídas no Coreto da Eneva e no Barracão da Sergipe. Uma promoção do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), a programação no local continua até o próximo dia 31. Nessa terça-feira (23), o grupo cultural Cangaceiros do Sertão, do município de Laranjeiras, retratou Lampião e Maria Bonita, figuras do cangaço brasileiro, e também a religiosidade.

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Além das indumentárias características de cangaceiros, os brincantes dançaram ao ritmo do xaxado, com passos firmes e bem marcados. O grupo é composto por dez dançarinos e três produtores. Foi criado há 20 anos e é presidido por José Adair, conhecido como Adamaney, que também é quadrilheiro. “Tudo começou quando montamos uma encenação teatral, mas como eu também faço parte de uma quadrilha junina não consegui seguir com o teatro, mas aproveitei a dança no grupo. Acredito que sejamos o único grupo cultural sergipano unicamente de xaxado. Fomos convidados para participar de um encontro em Serra Talhada, Pernambuco, em novembro”, comenta.

A brincante Stephanie Silva está no conjunto cultural há cinco anos e, assim como Adamaney, é quadrilheira. A tradição cultural corre nas veias da família. “Dois primos meus fazem parte do Cangaceiros e também da quadrilha. Pretendemos seguir por muito tempo”, afirma.  

Wederson Santos, que está há pouco tempo e conheceu o grupo por meio da quadrilha junina. “Estou aqui há sete meses tendo a oportunidade e a experiência de participar. De cara me apaixonei, por isso não me vejo participando de outro”, relata.

Adriane Feitosa começou na mesma época que Wederson, e também teve a quadrilha junina como porta de entrada. “É muito bom participar da Cangaceiros, é uma experiência nova, mas um grupo feito o nosso ajuda a preservar a cultura, por isso pretendo ficar aqui por muito tempo”, diz.   

Akson Rodrigues é um dos produtores e está na equipe há dois anos. É um prazer imenso fazer parte desse grupo que representa muito a resistência nordestina do Cangaço e também de estar aqui na Vila do Forró”, assegura.