A população sergipana vai poder reviver ou conhecer um pouquinho mais da vida e da obra do grande escritor Jorge Amado, que no último dia 10 de agosto completaria 100 anos se vivo estivesse. Nesta terça-feira, 28/8, a partir das 19 horas, no Museu da Gente Sergipana, acontecem o Seminário Centenário de Jorge Amado e a Exposição Jorge Amado: Vida e Obra – 100 Anos do Escritor das Gentes Brasileiras, com 20 banners resgatando toda a trajetória do escritor baiano, da infância à sua morte, além de palestras com os professores-doutores Fernando Sá e Maria Aparecida Silva Ribeiro, ambos da Universidade Federal de Sergipe.

O evento é uma realização do mandato da deputada estadual Ana Lúcia (PT), com apoios do Instituto Banese e do Museu da Gente Sergipana.

“Não poderíamos deixar de forma alguma este centenário passar em branco. Fizemos esse mesmo trabalho com sucesso a respeito do ano de centenário de Luiz Gonzaga, que ainda está percorrendo escolas e vários espaços por todo o estado, divulgando a vida e a obra do nosso eterno Rei do Baião, que também teve uma relação muito próxima com o povo de Sergipe, como Jorge Amado. É uma contribuição que estamos dando à preservação da memória desses dois expoentes da cultura nordestina e brasileira”, destaca Ana Lúcia.

Para o professor-doutor Fernando Sá, do departamento de História da UFS, Jorge Amado foi um dos grandes escritores brasileiros do Século 20 e sua importância é indiscutível no cenário literário brasileiro e mundial.

“Sua obra toca nas questões sociais do universo do trabalhador e sua denúncia social é de extrema relevância para entendermos o Brasil dos tempos de suas histórias. O nosso imaginário da Bahia está muito ligado à obra de Jorge Amado. Sua prosa é cheia de poesia. É uma prosa poética, romântica e rica, onde se sobressai o aspecto da sensualidade da mulher, que tanto marca a sua obra. Sem dúvida, retomar Jorge Amado é rever o Brasil do Século 20”, explica Fernando Sá.

Ele também faz o importante registro da passagem de Jorge Amado por Sergipe como fundamental para a sua obra. “Ele morou na região de Estância e muitos de seus personagens, desde o primeiro romance, tem elementos presentes que são elementos sergipanos. Essa ponte com Sergipe é fundamental nós destacarmos”, diz o professor.