Um relatório preliminar da auditoria operacional que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem realizando no setor de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) foi apresentada ao colegiado na sessão plenária desta quinta, 08, pelo conselheiro-relator, Reinaldo Moura.

Atual responsável pela análise das contas da Saúde estadual, o conselheiro observou que a exposição da parcial se fez necessária devido às deficiências encontradas, sobretudo no que concerne à disponibilidade de medicamentos.

Segundo o relatório, em visita à Central de Logística (Celog) e à farmácia do Serviço de Oncologia, foi constatado que, dos 195 medicamentos disponibilizados pelo Centro de Oncologia, 59 encontram-se com estoque zerado, o que corresponde a 30,26% do total, sendo 12,82% dos medicamentos comuns, 1,54% dos controlados, 12,86% oncológicos e 3,08% de alto custo.

"Eu trouxe um relatório preliminar cuidando apenas da parte referente a medicamentos, que é onde está a maior queixa. São quase 60 medicamentos que estão faltando e é evidente que quem está em tratamento de câncer não pode aguardar", afirmou o conselheiro, lembrando que a inspeção na Oncologia foi proposta pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, José Sérgio Monte Alegre.

Além de apresentar o relatório preliminar ao colegiado, o conselheiro Reinaldo Moura, ainda nesta quinta, encaminhou ofício ao gestor da Fundação Hospitalar de Saúde estabelecendo o prazo de 15 dias para que sejam adotadas as providências necessárias à regularização da oferta dos medicamentos.

Do TCE