Por Joedson Telles

A presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, deputada Angélica Guimarães (PSC), usou a tribuna da Casa, na tarde desta segunda-feira, dia 4, e respondeu ao que absorveu como uma provocação do governador Marcelo Déda (PT), que ao inaugurar uma quadra em uma escola no município de Japoatã, base eleitoral de Angélica, na última quinta-feira, voltou a falar em traição.

“O governador fala muito em ética. É ético chegar a minha cidade e dizer isso? Dizer que asfaltou a cidade? Como se dissesse ela não fez? Falar em traíra? A traição foi levar meu povo às ruas para votar no governador Marcelo Déda. Nunca trair ninguém. Pelo contrário: nunca na minha cidade fui votada pelo PT”, desabafou a presidente, salientando que, pela primeira vez, o seu agrupamento votou no PT. “Tenho certeza que o PSC foi importante para a eleição de Marcelo Déda.”

Entendendo que o governador usou a palavra “traíra” ainda se referindo à eleição da Mesa Diretora da Assembleia, a deputada voltou a garantir que todos, inclusive Déda, sabiam que as eleições seriam realizadas. “Não é o governador Marcelo Déda, ou nenhum cidadão, que vai colocar uma pecha de traição na minha história”.

A deputada revelou ainda que, hoje, o sentimento dos seus eleitores é de decepção. Angélica disse que, sábado, quando retornou do congresso de deputados, realizado em Natal (RN), encontrou pessoas decepcionadas em Japoatã.

“Deputada, este é o governador que a senhora pediu para votar? Que vem para sua cidade falar em traição? Quem vem para a sua cidade dizer que foi apunhalado? Há um sentimento muito nobre que é a gratidão. Eu não abro mão. E acho que o governador também não deveria abrir”, disse.