O julgamento de Ernan Sena, presidente do Sergipe, deve ocorrer às 13h da próxima segunda-feira (3). Ele foi denunciado pelos episódios de violência contra a comissão de arbitragem na derrota do Sergipe para o Botafogo na Copa do Brasil, no dia 2 de março. O caso será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJD).

Reprodução/Redes Sociais

Ernan Sena está suspenso preventivamente após ter sido denunciado por invasão de campo (artigo 258-B), agressão física (254-A), ameaça (243-C) e ofensa (243-F) contra a equipe de arbitragem da partida após o apíto final. Todos os artigos estão presentes no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). 

O presidente do Sergipe pode ser penalizado com até 570 dias de suspensão e até R$ 200 mil de multa, de acordo com o Código da CBJD.

Relembre a confusão
Após o apito final de Braulio da Silva Machado, as câmeras da transmissão da partida flagraram o presidente do Sergipe, Ernan Sena, partindo para cima da equipe arbitragem. O presidente do Sergipe tentou socar o árbitro da partida e avançou para cima do bandeirinha do jogo, quando foi atingido pelo mastro da bandeira e saiu de campo sangrando. 

Torcedores que estavam nas arquibancas também invadiram o gramado e precisaram ser contidos pela Polícia Militar (PM). A súmula da partida registrou as agressões físicas e verbais do gestor do clube a equipe de arbitragem.

Braulio detalha que o presidente do Sergipe "desferiu vários socos em minha direção com uso de força e muita agressividade, sendo que o primeiros socos atingiram o lado esquerdo do meu rosto e os demais meu braço e costas". 

A confusão se iniciou após membros da comissão técnica e torcedores interpretarem a arbitragem de Braulio como parcial e favorável à equipe do Botafogo. O Sergipe vencia o clube carioca até os acréscimos da partida, quando sofreu o empate e foi desclassificado da Copa do Brasil. 

No dia seguinte à partida, dia 3 de março, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou a suspensão preventiva do presidente do Sergipe por 90 dias. 

Ernan Sena afirmou que violência após o jogo não se justifica
Em pronunciamento feito nas redes sociais do clube, Ernan Sena reconheceu o comportamento antidesportivo após o jogo e afirmou que sua atitude foi "um erro".

"Sou o presidente de uma grande instituição e eu tenho que dar o exemplo. Eu não posso ter uma atitude como essa. Aquela minha atitude foi um momento de desespero por ver uma grande festa da nossa torcida, por ver nossos jogadores dominando um clube de Série A durante o jogo e acontecer o que aconteceu", afirmou Sena.