O impacto da decisão da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) em reduzir a alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) de 22% para 19%, para os combustíveis, não deve ser sentida instantaneamente em um menor preço para o consumidor. É o que afirma o secretário executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), Maurício Cotrim. 

Segundo ele, embora a redução do ICMS esteja em vigor para os combustíveis desde o dia 1º de abril, no dia 31 de março houve um aumento por parte da Refinaria de Mataripe ACELEN que impactou em mais de 18 centavos o preço de aquisição no litro da gasolina. 

"Isso praticamente anulou a provável redução que teríamos com a redução da alíquota do ICMS. A realidade dos postos já é diferente. Recebemos a confirmação de alguns revendedores que estão comprando mais caro a gasolina junto aos destribuidores. Com isso, como os preços são livres cabe a cada revendedor a partir do momento que estiver comprando mais caro fazer o repasse para as bombas de acordo com a sua estrutura de custo e dos seus estoques", declarou o secretário executivo do Sindpse. 

Atual cenário do ICMS

Foi aprovado na última quinta-feira (30) o novo valor da alíquota do Imposto sobre Circulalação de Mercadorias ou Serviços (ICMS). A votação dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) estabeleceu o novo valor em 19%.

Em dezembro do ano passado, os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei que aumentou a alíquota do ICMS de 18% para 22%, mas diante da insatisfação de empresários, o governo apresentou projeto com o novo valor.