Por Márcio Rocha

Grande parte dos registros que são realizados no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) é composta por trotes - cerca de 30% das ligações. Segundo o assessor de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, Lucas Rosário, o número de trotes é o principal fator que pode provocar atraso nas ações da polícia.

“As chamadas para o Ciosp, em sua grande parte, não envolvem atendimento direto. As ocorrências podem ser resolvidas no próprio contato, e outras pedem ação policial. O que prejudica o atendimento do policiamento ostensivo é a grande quantidade de trotes realizados contra o Ciosp”, diz.

Os trotes fazem com que a polícia se desloque desnecessariamente para locais, deixando outros, onde estão acontecendo delitos reais, desprotegidos, o que provoca atraso das equipes. O representante da SSP afirma que a prática de trote é crime e que os meios para identificação de seus autores é possível.

“Quem passa trote para o Ciosp está ajudando a tirar a polícia dos locais de ocorrências reais, o que implica em delito. Os números dos telefones que passam trotes são arquivados e os donos dos telefones identificados. Passar trote é crime e prejudica o atendimento da polícia", reforça.

Foram registradas entre as 19h de sábado (09) e as 8h de domingo (10), um número de 744 ocorrências pelo Ciosp. Do total de ocorrências, 228 de fato exigiram intervenção policial. O número de atendimentos é relativo aos procedimentos que demandaram ação policial direta ou encaminhamento à Delegacia Plantonista.

Ao receber o contato, o Centro dá o procedimento adequado a cada uma das circunstâncias apresentadas. Muitas das chamadas envolvem ações que não são da alçada policial, como perda de documentos e ocorrências de perturbação da paz (som alto), por exemplo. Algumas das ações não entram nas estatísticas de atendimento, como suspeitas de furtos ou ação de delinquentes, que são resolvidas com o envio de viaturas policiais aos locais, para prática de rondas.

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