Da redação F5 News

A Direção dos Correios divulgou nota hoje informando sobre as tentativas para que o serviço voltasse a funcionar. De acordo com o departamento de relacionamento institucional dos Correios, a empresa continua aberta ao diálogo, e defende o retorno dos serviços o quanto antes. Os trabalhadores, no entanto, argumentam que a proposta vai contra os direitos trabalhistas da categoria.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa. Brasileira Correios e Telégrafos, Sergio Lima, que chegou de Brasília esta manhã, vai reunir a categoria em assembleia nesta manhã para discutir os rumos da greve. “Se acatássemos o acordo, estaríamos infringido várias leis e os direitos dos trabalhadores. A empresa disse que poderíamos ser transferidos a bel prazer e que vamos trabalhar nos fins de semana. Eles tentaram dar um golpe nos trabalhadores e nós não vamos aceitar”, disse Lima ao ressaltar que a greve continua até que a empresa apresente uma nova proposta.

Na assembleia que aconteceu ontem em todos os estados e no Distrito Federal, a maioria dos sindicatos de trabalhadores dos Correios rejeitou a proposta que previa aumento real de R$ 80 a partir de outubro e aumento linear de salários e benefícios de 6,87%. Além do reajuste salarial foi proposto que os trabalhadores devem pagar pelos seis dias de greve que ficaram parados e os dias seriam descontados posteriormente, na proporção de meio dia de trabalho por mês. Os outros dias de greve seriam pagos e, posteriormente, compensados pelos trabalhadores que fariam horas extras nos fins de semana e feriados.

Nota de esclarecimento dos Correios 

“A Direção dos Correios empreendeu todos os esforços possíveis para que os empregados voltassem ao trabalho depois de acordo direto, fechado com as entidades sindicais, na tarde de terça-feira (4) no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Após as decisões desta quarta-feira (5), a Direção informa que mantém as portas abertas para o diálogo e segue defendendo que o retorno à normalidade ocorra da forma mais rápida possível.

À população brasileira, os Correios agradecem pela confiança e asseguram que a distribuição de correspondências e o atendimento ao público nas agências estão mantidos. A adesão à paralisação caiu para 23 mil trabalhadores. Isso significa que 80% do efetivo dos Correios seguem trabalhando normalmente, garantindo a maioria dos serviços, com entrega de 2/3 da carga diária.

A Direção aguardará a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), disposta a trilhar todos os caminhos possíveis para um desfecho favorável à população e aos funcionários.”