Da redação

A diretoria executiva do Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs) divulgou nota lamentando a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Para a entidade, a iniciativa se caracteriza como "privatização da saúde pública". Leia abaixo a nota na íntegra: 

"É com profunda indignação que comunicamos a aprovação pelo Senado Federal em 23 de novembro do Projeto de Lei 79/11, que cria a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), com 42 votos a favor e 18 contrários. A matéria já foi enviada no dia 28/11 para sanção da Presidente da República, Dilma Roussef.

Após uma luta árdua, travada pela Fasubra e suas entidades de base desde o início do ano, a sociedade brasileira assistiu passivamente a derrota daqueles que lutaram incessantemente contra o que se caracteriza como a privatização da saúde pública, causando prejuízos a assistência à saúde da população carente, ao ensino, à pesquisa e à extensão das universidades. O que significa inversão do papel do Estado. Estamos com a consciência tranquila porque resistimos sempre a esse projeto.

Realizamos diversos atos, manifestações, articulamos reuniões com lideranças políticas para intervir junto aos parlamentares. Fomos até ao Supremo Tribunal Federal em busca de apoio para barrar a aprovação desse projeto que só trará prejuízos para a sociedade brasileira. Porém convém ressaltar, que aqui na UFS não tivemos o apoio necessário dos demais integrantes da comunidade universitária, salvo raríssimas exceções, e menos ainda da administração do senhor Modesto, que se omitiu "lavando as mãos". A luta foi solitariamente dos técnicos administrativos. Transformar uma realidade não é algo que se faz sozinho, mas coletivamente, com união e luta constante.

A aprovação da EBSERH significa a vitória das elites que percolam as universidades públicas, dos partidos de direita e da falsa esquerda. É a vitória também dos que louvam, aplaudem e se aproveitam da ganância e da exploração capitalista, justificada através do discurso da "agilidade administrativa" e da incompetência dos gestores públicos.

Aguardaremos as orientações da Fasubra, após análise de sua Direção sobre as implicações e desdobramentos para a categoria. Precisamos continuar unidos pois a luta contra os efeitos da EBSERH está apenas começando".

A Diretoria Executiva