Por Mirella Mattos

Em assembleia realizada, na manhã dessa terça-feira (24), no auditório do Ipesaúde, os servidores da operadora decidiram, devido a falta de posicionamento do governo frente ao Plano de Carreira (prometido às categorias ainda durante o seu primeiro mandato, em 2007) realizar um ato com indicativo de greve no dia 8 de maio, na Secretaria de Planejamento Orçamento e Gestão (Seplag).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, João Augusto Alves de Oliveira, a deflagração ou não da greve depende da atitude tomada pelo governo. “Se o governo tiver a sensibilidade e a competência não vai deixar a greve acontecer. Mas agora a greve está nas mãos do governador”, comenta.

Piora dos Serviços

Embora o governo tenha assinado acordos referentes ao Plano de Carreira, ainda em 2007, a atual postura, segundo Oliveira, converge para o fechamento da operadora por meio de uma política de sucateamento. “Estamos em 2012 e ele sequer tem um posicionamento real, apenas suposições do fechamento do Ipes. Ele fez uma reforma da fachada e internamente continua do mesmo jeito e piorou a oferta de serviços. Isso nos mostra o desejo em fechar o Ipes já que o governador está mais interessado em reduzir gastos”,evidencia .

Dentre os serviços sucateadosestão os centros de imagem e de diabetes.  O desmantelamento, segundo a presidente do sindicato dos enfermeiros, Flávia Brasileiro, proporciona aos seus gestores a contratação de convênios de milhões de reais com clínicas e hospitais particulares.

“São serviços que minguam propositadamente para que convênios milionários surjam. Se a Se a gente for olhar os repasse do ipes a clínicas e hospitais particulares fica claro  que a intenção está na contramão dos demais, então os planos montam hoje seus próprios hospitais para baratear a assistência, o Ipes faz o inverso, o governo do estado faz o inverso”, finaliza Flávia.