Da Redação

Com a paralisação dos servidores do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado da Saúde (Ipes Saúde) prevista para só acabar nesta quinta-feira, 15, o atendimento ficou impraticável, por conseqüência, surgiram muita reclamações dos usuários. Formaram-se filas, médicos não atenderam e servidores gerais não realizaram as atividades a contento.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), José Menezes, a paralisação de 24 horas tem o objetivo de mostrar ao Governo de Sergipe que se faz necessário agilizar concurso público para médicos, já que dos 160 profissionais, 40 se aposentaram e mais de 50 outros estão também em processo de aposentadoria. “Espero que o governo se sensibilize com a causa e conserte o que ele mesmo vem criando”, reclamou.

José Menezes ainda disse que está na pauta de discussão o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), além do descongelamento da gratificação, já que, segundo o médico, 65% do salário é constituído de gratificação e, quando há aumento salarial, apenas 35% sofre reajuste. “Voltaremos ao trabalho amanhã (quinta-feira) e nós esperamos que as autoridades vejam a forma como têm tratado o Ipes”, ressaltou.

A decisão de paralisar as atividades surgiu na audiência do Ministério Público, realizada na última terça-feira, 13, com a presença da Comissão de Servidores do Ipes Saúde e da promotora Euza Missano.

A direção do Ipes Saúde informou que o Plano de Cargos e Carreira está sendo debatido internamente por integrantes do órgão e que deverá ser entregue ainda este semestre para a Assembleia Legislativa. Também argumentou que os pacientes não atendidos nos dias da paralisação deverão retornar ao Ipes e marcar uma outra data.