Por Mirella Mattos

Das 58 equipes que deveriam atender todo o estado, 22 delas estão paradas por falta de ambulância, afirma o diretor do sindicato Samu 192, Arnaldo Junior. Segundo ele, essa deficiência, a questão remuneratória e as condições de trabalho serão os principais temas do encontro com a gestão do serviço nessa terça-feira (20) e, caso não haja indicação de mudança, todas as entidades que participam do Samu serão convocadas para deflagrar uma paralisação.

Durante a manhã de hoje (14), segundo Junior, apenas na base do Samu localizada na avenida Tancredo Neves, dez viaturas estiveram retidas. “Não bastasse a falta de ambulância nós temos ainda a retenção de viaturas aqui, que ficam paradas por falta de maca. Algumas foram retiradas daqui para esconder o que está acontecendo”, garante.

Precariedade do serviço

Ainda conforme Junior, por causa da precariedade do sistema de saúde, o Samu acaba sendo subutilizado. “Quando o elevador do Huse está quebrado, viaturas que deveriam atender ocorrências são dispensadas para fazer o transporte de pacientes do hospital ou, quando o tomógrafo está quebrado, temos que levar os pacientes para fazer os exames em outros locais”, exemplifica. Para ele, o Governo do Estado tenta de maneira incessante colocar a população contra os profissionais a fim de se eximir da responsabilidade.

Superintendência do Samu

De acordo com informações prestadas por Leonardo Coelho, superintendente do Samu, 18 equipes estão paradas por causa da manutenção de ambulâncias. Cinco delas deverão ser entregues ainda durante o dia de hoje. Coelho destaca ainda que cinco novas viaturas adquiridas pelo governo estão no Detran para emplacamento e diz não ter nenhuma reunião agendada com o sindicato. “Se tem alguma reunião marcada para amanhã não é comigo. O que eu sei é que amanhã tem manifestação do Sintasa”, resume.