Por Fernanda Araujo

Os problemas de infiltrações e rachaduras apresentados no prédio do Instituto de Educação Rui Barbosa (IERB), antiga Escola Normal de Aracaju, continuam sem soluções. Professores da escola, que já fizeram a denúncia, afirmam que os reparos feitos pelo Estado foram insuficientes para melhorar a infra-estrutura da instituição, e aguardam uma resposta da Secretaria do Estado da Educação (Seed).

Os professores apresentaram um projeto de reestruturação da escola aos representantes da Diretoria de Educação de Aracaju (Dea) e a Secretaria do Estado da Educação (Seed), na última terça-feira (1º), quando a secretaria ficou de avaliá-la.

“Nós estamos aguardando. Teremos novas reuniões no dia 24 deste mês. Uma com o secretário Belivaldo Chagas e com os profissionais da área de engenharia para discutir a adaptação do projeto. E outra reunião para discutir questões mais práticas da escola”, relatou o professor Iran Barbosa.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Sergipe (Sintese) quer a ampliação do IERB para todos os profissionais de educação, conforme a Área Profissional de nº 21, criada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) através da Resolução nº 05/2005, para a inclusão dos serviços de apoio escolar com oferta de cursos técnicos de nível médio, conforme a Lei nº 4.024/1961 e Lei nº 9.131/1995.

“A ampliação abrange as merendeiras, os vigilantes, profissionais administrativos. Com curso técnico voltado para esses setores”, explicou a assessora do sindicato, Caroline Rejane.

Além disso, os professores propuseram quatro habilitações. “Seria a secretaria escolar, alimentação escolar, Multimeios didáticos e infra-estrutura escolar. O secretário fez considerações financeiras, nós também ponderamos algumas coisas, mas vamos continuar insistindo”, disse Iran.

Segundo o professor Iran, com a proposta da Seed em extinguir o curso normal e transformá-lo em um Centro de Formação Profissional para Professores desde o início do ano, gerou um desconforto na escola. “Assim que a Seed disse que iria extinguir o curso normal e gerou uma política de abandono, causou um descrédito. As pessoas acharam que deveriam abandonar a escola, criou-se um clima muito ruim. Mas, estamos tentando retomar o ânimo dos professores e alunos justamente com as nossas propostas e melhorar essa situação”, disse, assegurando que os alunos que ingressam no IERB, estão habilitados para ministrar aulas às séries de Ensino Fundamental e Ensino Infantil.

Problemas

Segundo Iran, três salas de aula foram interditadas por apresentarem risco de morte para alunos e professores. “A escola continua em abandono, num estado terrível, o que mudou foi a compra de alguns quadros brancos. Quando chove a gente tem que colocar pedaços de madeira para atravessar da porta para dentro da escola. A gente continua vítima desses problemas”, disse o professor.