Integrantes da Procuradoria Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Estado do Planejamento e do Grupamento Tático Aéreo (GTA) da Polícia Militar estiveram visitando, nesta segunda-feira (19), o Aeroclube de Sergipe para observar possíveis ocupações irregulares do terreno. Após vistoria, ficou comprovado que lojas e casas foram construídas em local pertencente ao Estado. Toda a área foi fotografada e mapeada e comporá um laudo técnico.

O procurador Pedro Dias informou que a vistoria foi programada porque todas as áreas do Aeroclube deveriam estar à disposição de atividades ligadas a aviação amadora, mas ficou constatado que há borracharias, canis, entre outras lojas comerciais.  Segundo ele, uma ação de improbidade administrativa ou de reintegração de posse será impetrada, depois da elaboração do laudo. “Tem uma casa que fica na beira da pista. Tinha sido doada por uma pessoa do Aeroclube por conta de uma dívida trabalhista. Estaria irregular, pois estaria dentro do sitio do aeroclube. Há uma série de irregularidades”, informou.

Na semana passado o Grupamento Tático Aéreo solicitou ao Aeroclube um espaço para ser construído um heliporto, porém, teve o pedido negado.

O coronel Maurício Iunes, comandante do GTA, informou que se faz necessário a construção do heliporto para que o grupamento do Corpo de Bombeiros e de salvamento do GTA possa treinar e ter seus integrantes transportados. “O interesse é público e para atender a comunidade. Não é interesse privado”, salientou.

O presidente do Aeroclube, Clóvis Gonçalves  Andrade, diz que não negou o pedido de construção do heliporto e que solicitou por oficio ao GTA a planta e o local da construção, além da autorização do Sindacta 3 da Agência Nacional de Aviação. Ele também desconhece a cessão da casa por dívida trabalhista. As denúncias serão analisadas pela Procuradoria Geral do Estado.