Por Eliene Andrade

Mais uma audiência pública para tratar de problema envolvendo o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) ocorreu na manhã de hoje (30) no Ministério Público Estadual (MPE). Desta vez, a questão a ser resolvida envolve o laboratório do hospital. As irregularidades com o fornecimento de insumos para os setores de bioquímica e microbiologia estão prejudicando os pacientes internados, que chegam a esperar até 24 horas por resultados de exames simples.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Laboratório de Análise Clínicas do Estado de Sergipe (Sintelab), Ricardo Abel, por falta de pagamento, os fornecedores suspenderam o fornecimento de materiais essenciais para a rapidez dos exames. Ele listou ainda os insumos necessários que estão em falta. Dentre eles estão os coletores estéreis e placas prontas.

“São faltas de materiais simples, de coisas básicas. Há profissionais capacitados prontos para trabalhar e equipamentos de ponta. Portanto não e justo que por conta da falta de pagamento (100 mil reais) um paciente espere por 24 horas o resultado de exame que sai em meia hora. Há situações em que o paciente não está fazendo esses exames. Queremos que essa situação seja resolvida por que a situação já se arrasta para mais de um ano”, relatou Abel.

A promotora de Justiça Alessandra Pedral salientou que os exames são feitos em laboratórios privados, mas que o hospital tem estrutura para realizar os exames no local. “Foi informado hoje que esses episódios de desabastecimento tem sido decorrente de atrasados. Fomos informados que já está sendo regularizado, a questão do pagamento aos fornecedores e que logo haverá a regularização do abastecimento do laboratório”, disse a promotora ao ressaltar que foi dado um prazo de 15 dias para que a FHS regularize a situação.

FHS

A Fundação Hospitalar da Saúde (FHS) informou, por meio de seu advogado, que a descontinuidade ocorreu devido ao atraso no pagamento de fornecedores dos insumos, mas que o pagamento já foi feito com a quitação dos débitos no último dia 15 de novembro, explicitando que diante da regularização de pagamento, a perspectiva é de que os fornecedores viabilizem o retorno dos fornecimentos de reagentes, e que para evitar a desassistência é mantido contrato com outro laboratório.