A passagem do São João, uma das festas mais tradicionais do calendário nordestino, costuma trazer consigo um aumento nos atendimentos por queimaduras causadas por fogos de artifício. No entanto, neste ano, o Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) registrou uma leve redução no número de casos em comparação com o mesmo período de 2024.

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De acordo com dados preliminares da unidade, entre os dias 23 e 24 de junho de 2025 foram realizados 12 atendimentos por queimaduras, sendo nove causados por fogos de artifício. No ano anterior, o hospital atendeu 16 pacientes, dos quais 10 apresentavam lesões provocadas pelos artefatos explosivos.

Apesar da redução, o alerta permanece. No total, entre os dias 1º e 25 de junho deste ano, mais de 50 atendimentos relacionados a queimaduras foram registrados no Pronto-Socorro do Huse. Desses, 24 estavam diretamente ligados ao uso de fogos de artifício. No mesmo período, a Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) admitiu 10 pacientes, sendo quatro por esse tipo de acidente.

Entre os casos atendidos nos dias de maior movimentação, um deles precisou ser encaminhado para a UTQ devido à gravidade da lesão e da área corporal afetada. A cirurgiã plástica e responsável técnica da especialidade de Cirurgia Plástica do Huse, Moema Santana, reforça que a unidade se prepara especialmente para esse período, com estrutura ampliada e equipes de prontidão. 

"São registros que preocupam bastante, principalmente quando envolvem crianças. É fundamental que a população esteja atenta aos riscos. Em casos de queimaduras, é importante manter a área afetada sob água corrente por pelo menos 15 minutos, envolver em um pano seco e procurar atendimento hospitalar imediatamente", orienta.

Neste ano, o Huse adotou estratégias específicas para o período junino. Foram disponibilizados leitos exclusivos no Pronto-Socorro para queimados, e a UTQ conta com a possibilidade de ampliação de leitos de enfermaria, além do suporte da Unidade Pediátrica e de leitos de alta complexidade, conforme a demanda.

Com informações da SES