Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (22), a partir do módulo Características Gerais dos Domicílios e Moradores da PNAD Contínua, mostram mudanças na estrutura familiar e demográfica de Sergipe entre 2012 e 2024. A pesquisa é a primeira divulgação anual após a reponderação dos dados com base no Censo 2022.

SMTT Aracaju

Em 2024, o arranjo domiciliar mais frequente em Sergipe continua sendo o nuclear, com 64,5% dos domicílios, mas apresenta queda em relação a 2012, quando representava 70,5%. O arranjo nuclear inclui unidades compostas pelo casal, com ou sem filhos, ou famílias monoparentais formadas por mãe ou pai com filhos.

Já os domicílios unipessoais, formados por apenas um morador, cresceram expressivamente, passando de 10,9% em 2012 para 18% em 2024, tornando-se a segunda configuração mais frequente. Esse aumento coloca Sergipe como o terceiro estado do Nordeste com maior percentual de residências unipessoais, atrás apenas da Bahia (19,9%) e Pernambuco (19,5%). As unidades domésticas estendidas, formadas pela pessoa responsável com pelo menos um parente, mantiveram estabilidade, correspondendo a 16,6% dos lares.

Tendência de envelhecimento e distribuição etária

A população sergipana mostra um claro envelhecimento. Entre 2012 e 2024, a proporção de pessoas com menos de 30 anos caiu de 54,2% para 41,8%, enquanto a população com 30 anos ou mais passou de 45,9% para 58,1%. Entre os idosos, aqueles com 65 anos ou mais cresceram de 6% para 9,7%. A razão de sexo indica 91,1 homens para cada 100 mulheres, sendo que, a partir dos 30 anos, o percentual de mulheres supera o dos homens em todas as faixas etárias, chegando a 72,7 homens para cada 100 mulheres entre os idosos.

Cor ou raça e mudanças na composição da população

No período, a proporção de pessoas que se declaravam brancas caiu de 25,6% para 23,3%, enquanto a de pardos diminuiu de 66,4% para 63,6%. Já a população que se declara preta aumentou de 7,8% para 12,6%.

Situação dos domicílios

Quanto à moradia, 24,9% dos domicílios em Sergipe eram alugados em 2024, frente a 37% em Aracaju. Imóveis próprios já pagos representavam 60,7% no estado e 51,2% na capital, índices inferiores aos de 2012. Quanto à estrutura, 88,8% dos lares possuem paredes externas de alvenaria ou taipa revestida, e a cobertura predominante é de telha sem laje de concreto (74,5%), enquanto 15,5% possuem telha com laje.

Mais informações sobre o módulo Características Gerais dos Domicílios e Moradores podem ser acessadas aqui.