Famílias vivem em condições sub-humanas na invasão do Manguezal | F5 News - Sergipe Atualizado

Famílias vivem em condições sub-humanas na invasão do Manguezal
Cotidiano 06/03/2012 18h20 |


Por Adriana Meneses

Esgoto correndo a céu aberto, barracos construídos de papelão, madeira e plástico, animais peçonhentos circulando entre vielas e crianças doentes brincando em meio ao lixo. Esse é o cenário em que vivem aproximadamente 190 famílias que se amontoam em moradias improvisadas na invasão do Manguezal, localizada entre alguns condomínios no conjunto Augusto Franco, zona sul da capital.

Morando há oito anos na invasão, a dona de casa Gilvaneide dos Santos diz que não sabe mais a quem recorrer diante da situação. Ela diz ainda que não existe ajuda nenhuma por parte dos governos na tentativa de amenizar o sofrimento da comunidade. “Estamos aqui jogados não só às baratas, mas aos ratos, cobras e até jacarés que saem do mangue e invadem os barracos. Os políticos só lembram de nós em época de eleição, fora isso não existimos”, desabafou.

Situação mais crítica vive a também moradora da invasão Carmozita dos Santos, mãe de seis crianças entre 13 e 1 anos de idade, teve parte do seu barraco derrubado pelas chuvas que caíram na capital durante a tarde desta segunda-feira (6). “Meu barraco foi quase derrubado pela chuva, só não caiu por que os vizinhos vendo a minha situação conseguiram cascalho e areia e deram um jeito para a casa não cair”,

Ainda segundo Carmozita, que tem o barraco às margens de um córrego onde escorre todo esgoto dos condomínios localizados nas proximidades, as crianças adoecem em virtude da fedentina do local e dos mosquitos transmissores de doenças. “As crianças aqui só vivem doentes. Elas não têm onde brincar, pois o esgoto está presente em toda a invasão. Na hora de dormir é que piora a situação, o mau cheiro entra nas casas junto com mosquitos, deixando as crianças com problemas de respiração e de pele”, disse.

Acordar com ratos, cobras e até jacaré dentro de algum barraco chega a ser um fato corriqueiro para a comunidade do Manguezal como relata Josineide dos Santos. “Já tem alguns dias que não durmo por causa do mau cheiro de um rato que morreu entre as madeiras do meu barraco e não sei como tirar. Já teve dias que encontrei cobra e até um jacaré passeando na minha sala”, salientou.

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