Por Jaime Neto

Cadê as macas? Denúncias dão conta de que pacientes internados no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) estão sendo amparados em macas pertencentes ao SAMU - consequência direta da falta de equipamento da própria instituição. Segundo informações, como resultado da possível inadequação das macas, diversas ambulâncias do SAMU ficam impossibilitadas de transportar os doentes, visto que os veículos só podem transitar com todo o equipamento interno completo.

Segundo funcionário que preferiu não ser identificado, a situação é de desespero para os pacientes e também para os operadores das ambulâncias. “Hoje fomos buscar um paciente no município de Monte Alegre e, ao regressarmos, tivemos que deixar o mesmo na maca da viatura, uma vez que o hospital não possui aparelhamentos suficientes para tal. Cinco ambulâncias do SAMU ficaram paradas na manhã de hoje, aguardando que os pacientes liberassem as macas. Isso é um absurdo, o hospital não ter nem onde se colocar o paciente. Enquanto estávamos parados, outras pessoas aguardavam por nosso socorro. Como trabalhar assim?”, relatou o funcionário, que mencionou ainda a existência de uma espécie de cemitério de macas.

Segundo a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe, Flávia Brasileiro, esse quadro é consequência direta da superlotação do hospital. "Já ficamos sabendo que algumas ambulâncias do SAMU já aguardaram até oito horas para a liberação de suas macas, com isso atrasando o atendimento dos pacientes que necessitam do serviço. É sabido que as ambulâncias só podem funcionar completas, caso contrário não saem do pátio.”, disse Flávia.

Com relação ao caso do ‘cemitério de macas’, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros declarou que existe um depósito hospitalar que guarda os equipamentos que não servem para nada, porém sem nenhuma ação de aproveitamento por parte da diretoria do HUSE.

A equipe do Portal F5 News conversou com a Assessoria de Comunicação do HUSE para saber mais detalhes sobre o fato. Na ocasião, nos foi solicitado que enviássemos os questionamentos para um e-mail do setor. Até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta nos foi enviada.