Por Mirella Mattos

Após o não comparecimento do advogado do Banese – pela segunda vez – em audiência que deveria ter sido realizada às 9h dessa terça-feira (29), o movimento dos concursados e demitidos do Banese realizou uma manifestação em frente ao Fórum Gumercindo Bessa, para protestar contra o tratamento que lhes vem sendo dado pela instituição financeira.

De acordo com a líder do movimento, Carminha Vasconcelos, todos os integrantes foram demitidos indevidamente e almejam a reintegração no quadro de efetivos. “Todos nós somos concursados e fomos demitidos arbitrariamente. Não teve motivo. A única coisa que fizeram foi nos inserir em grupos diferentes para nos demitir. Uns estão no PAQ e outros no PDV. O primeiro é um programa de desligamento voluntário e o outro é desligamento voluntário. Ninguém pede para sair do emprego, ainda mais se for cristalizado por concurso público”, defende.

Segundo Carminha, entre os demitidos constam até portadores de deficiência física, um deles com 11 anos completos de Banese. “A gente está buscando garantir o que é nosso por direito. Por que a gente que é concursado, depois de 10, 15 e até 22 anos, é demitido sem motivo?”, questiona. Segundo ela, após as demissões o banco construiu a imagem desses ex-funcionários como irresponsáveis e preguiçosos, o que dificulta para a grande maioria obter oportunidades de emprego em outras instituições.

Banese

O assessor de comunicação do Banese foi procurado para prestar esclarecimentos sobre o assunto, mas disse que teria de apurar a questão com a diretoria antes de divulgar qualquer informação.

Ainda de acordo com informações prestadas pelo movimento,  178 funcionários foram demitidos e fazem parte de 18 processos movidos contra o banco. 

Foto: Samara Menezes