Da redação F5 News

A Controladoria Geral do Estado está investigando um crime de peculato que teria sido cometido por cerca de 200 policiais militares, que são acusados de receberem diárias em horário de folgas para aumentar o efetivo dos presídios, mas não compareceram ao serviço. O Inquérito Policial Militar (IPM) foi protocolado pela CGE, homologado pelo comando da Polícia Militar de Sergipe e entregue ao Ministério Público Militar para Bahia e Sergipe.

Constam no relatório os nomes de todos os policiais, o horário de trabalho, as folgas e as diárias, que variam entre R$33 a R$45 reais, a depender da patente.

Conforme o assessor de comunicação da PM/SE, Charles Vitor Oliveira, no momento em que a Polícia Militar tomou conhecimento das possíveis irregularidades, foi suspenso o pagamento das diárias e instaurado um inquérito para apurar os fatos. Da averiguação, foi aberto um procedimento administrativo que ouviu testemunhas, observou atas e controles do efetivo prisional, além de reunir documentos e provas.

O inquérito policial tem mais de mil páginas e será apurado pelo Ministério Público Militar. Caso fique constatado que os militares receberam as diárias sem trabalhar, serão enquadrados no crime de peculato, ou seja, crime contra a administração pública, e terão que devolver as quantias aos cofres públicos, mais multas, a depender dos casos.

Cento e oitenta e sete PMs foram listados no inquérito. Eles deveriam ter trabalhado em 2010 em três unidades prisionais do Estado. Alguns deles utilizaram até nomes de colegas para receber os benefícios.

O Ministério Público Militar e a Controladoria Geral do Estado só irão se pronunciar quando finalizarem a averiguação do inquérito policial.