Por Fernanda Araujo

Enfermeiros se reuniram, na manhã desta sexta-feira (23), para reivindicar à Prefeitura de Aracaju algumas propostas, e pedir apoio aos moradores do bairro 18 do Forte, na praça da Av. Visconde de Maracaju. Segundo a secretária do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), Adriana Nolasco, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) não atendeu às expectativas da categoria.

Após reunião com o secretário de Finanças de Aracaju, Jeferson Passos, a categoria não se sentiu contemplada com a proposta da gestão, declarando que apenas alguns profissionais seriam beneficiados. “Teve uma reunião essa semana com a gestão, mas não houve andamento. A prefeitura vem tratando desigualmente os profissionais, colocando os enfermeiros em segundo plano, desvalorizando o nosso trabalho. Nós somos os responsáveis pela maior parte das ações feitas na saúde pública e, no entanto, a gestão não vem reconhecendo a nossa categoria”, contesta.

Em asssembleia, os servidores decidiram ontem, 22, pela manutenção da greve por tempo indeterminado. A greve já conta com 92% de adesão na capital e somente terá fim até que haja avanços nas negociações. Eles reivindicam a incorporação das gratificações ao salário base, isonomia no tratamento das categorias de mesmo nível superior e uma proposta de reajuste mínimo da Gratificação para o Enfermeiro Responsável Técnico e do auxílio-alimentação. Além disso, na pauta abordam questões de condições de trabalho, como falta de equipamentos e materiais nos postos de saúde.

Os sindicalistas denunciam ainda que os agentes de saúde foram impedidos de comparecer ao movimento pela Diretoria dos Postos de Saúde. E receberam ameaças de receber falta, caso os agentes contribuíssem com a greve. Para Adriana, Edvaldo Nogueira mantém privilégios para o Sindimed/SE. “O prefeito diz na imprensa que a categoria é imatura. Diz que não vai privilegiar a nossa categoria, mas ele nunca privilegia. No entanto, o Sindicato dos Médicos é sempre beneficiado”.

No dia 11 de abril, com o tema “30h Já para a Enfermagem não parar”, os enfermeiros farão mais um ato público em frente à Esplanada dos Ministérios, às 9h. Com a presença de representantes das centrais Sindicais: CUT, CTB e Força Sindical e entidades nacionais e estaduais. E a participação especial de uma escola de samba e o grupo de animação Anjos da Enfermagem.

Na oportunidade, os enfermeiros aproveitaram para medir a pressão dos moradores do bairro.