Por Sílvio Oliveira

O advogado criminalista Evaldo Campos esteve na tarde desta segunda-feira (16) no presídio Jacinto Filho, bairro Santa Maria, em Aracaju (SE) por temer que atentassem contra a vida do seu cliente, Fábio Calheiros, interno do complexo penitenciário desde o dia 10 de abril de 2011. Fábio é filho do empresário Floro Calheiros Barbosa, morto no ano passado numa operação policial.

Evaldo Campos informou que a rebelião já era anunciada, como também anuncia outras rebeliões em outros presídios de Sergipe e destacou que a continua temendo pela vida de Fábio Calheiros. “Vocês todos sabem, não é segredo que de 28 a 20 de março, eu anunciei a Sergipe que Floro e Fábio e Lucas morreriam antes que abril terminasse. Eu pergunto a você: Morreu quantos? Claro que numa rebelião alguém quisesse se aproveitar da confusão e satisfizesse interesses primitivos, que felizmente são acalentados pela alma humana”, afirmou

Evaldo Campos ainda disse que Fábio Calheiros está aguardando a sentença do processo. Segundo ele, depois de uma longa via-crúcis o Tribunal de Justiça de Sergipe decidiu que o juiz competente é da primeira vara.

Quanto as questões que envolvem a rebelião, o advogado ainda voltou a dizer que mulheres sempre sofrem humilhações em revistas. “Sempre aconteceu isso. A humilhação entre as mulheres na vistoria é constante. Será que o Estado está tão miserável que não possa comprar um aparelho de raio x”?, questionou.

E voltou a dizer: “A única competência do sistema penitenciário é formar bandidos. O presídio ainda será a grande fábrica de grandes organizações do crime. Agora as pessoas não querem ver nem ouvir, então vamos continuar assim. Tendo caldeirões prestes a explodir. Quem não sabia”, alfinetou.